Vozes
Vozes cruzadas, Sons sentidos na alma, O bater do meu coração eleva-se ao passo que o leio. A todo instante que caminho, cruzo o horizonte, Mas não o vejo e sim o percebo, Pertenço ao mundo Sigo por suas palavras A vida me corrompe, Seu trilhar de linhas me envolve, Pertenço ainda, Naquela antiga estrada de ferro que me fizera provar do mel Era tão criança.... Via nos seus olhos límpidos e carentes um novo brilhar A estrada já não é a mesma. Sigo ainda o favo de mel, Éramos inocentes como a corrida atrás daquele balão Pena que nos dias de hoje se vê turbilhão ao invés Das geleiras no final da montanha... Que ecoava sua voz, E agora some Consigo apenas lê-lo. Paola Vannucci 27/04/2008