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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Deserto

Estou correndo de um lado para o outro no meio do deserto, O sol é quente e quase não há vida, Nem cactos encontro para saciar minha sede, A areia está queimando minha vida, Que transborda perguntas sem respostas. De um lado ao outro, Estou sem respostas a tantas perguntas que quero ouvir. O que me prende no deserto? Creio que seja a vontade de lutar pelo Oasis que é logo ali. Ah! Jamais desisto, Porque sei que a noite esfria e fortalece meu corpo, Durmo sentida. Sonho constantes pesadelos, Tempestades no ar. Mas não decifro, não sei o que há... Ah! Se meus ouvidos usassem da sabedoria e Minha língua calasse diante do sol. Ah! Se meu coração fraco, parasse de doer. O futuro está em nossas mãos, Deus tem o caminho traçado. Mas peço agora que me conforte, Estou correndo ainda no deserto, Logo ouço uma música, Cai a noite, Vejo corpos dançando, Não é miragem, Descobri vida no final do deserto. Ah! Estou lembrando... O sopro manso da

A nau

A nau partira com meu amor, deixando muita saudade. Mal sabe ela que não devera plantar este feito. A nau, sem querer, trouxera-me espanto e dor. Triste fim será do mensageiro pombo, que Ao chegar, noticiou-lhe uma catástrofe. - Venho da América, não por sua amada. - Trago-lhe a derrocada de um país inteiro. - Um grande terremoto. – Disse o pombo ao meu amor. A nau partira sem data a voltar. O que será de nós diante do caos instalado por terra? Distante do meu amor estou, quando Mais uma vez o pombo retornou e me disse: -Ele sente sua falta, mas teve mais um tremor na Guatemala... -No meio do caminho aspirei também um tremor na Argentina. Pobre e estarrecido me contava o pombo. A nau voltará, tenho certeza, com meu amor a conduzi-la. Não sei se fico tão contente com o pombo que Deveria nos fazer felizes, enviando cantigas de amor, Cantigas trovadorescas dos amores impossíveis/possíveis, Cantigas ouvidas somente por nossos corações. A nau
Fico a perguntar em todas as confabulações, e penso que nada adianta fazer sobre as catástrofes respostadas da natureza. Deus nos deu vida, e nós os humanos a devastamos num ciclo do qual não escaparemos. Será que nossas Almas serão Salvas? Paola Vannucci 13/01/2010