Caminhada
Continuo meu caminhar, Resistindo a dor. Dias de desespero, Dias cheios de perguntas, Para poucas respostas. Vida louca que me confunde como um qualquer, Delírio desgastante que me faz distante dos seus passos. Trilho meus passos a procura de um porém, Nada me consola, Nem menos as teclas do computador. Procuro tocar o vento. Imaginando ser sua pele, Que um dia já foi doce como um anjo inocente, Mas, o anjo, Meus olhos não encontrou. Percebi que cheguei tarde ao coração da nobreza. Meu rastejar começara Na imensidão deste país, Que me deixa distante do seu sentir. Descobri que sou uma fagulha Que jamais penetrarei nos seus pulsos sanguíneos. Agora ando com um nó fraco na garganta, Querendo balbuciar, Vociferar, Declamar, Palavras jamais ditas aos seus ouvidos. Paola Vannucci 27/01/2012