Pátria!





Diante do Hino Nacional da escola,
Demos risada.
O professor revolucionário e eu,
Ríamos como tolos,
Ríamos do ridículo da preservação do nada.
Pobres criancinhas que não conhecem o Hino da Independência.
Para que serve o Hino da Independência?
Pobres civis que irão lutar sem vitória.
Mundo ridículo sem um ideal de vida.

Ríamos, pois ali nenhuns daqueles rostinhos tinham escutado tal hino.
Sociedade estagnada,
Servidores cansados da pátria.
Somos independentes? Desde quando?
Somos civis para que mundo agradar?
Somos devedores do nada a pagar.
Perfeitos bonecos dos governantes
Que ao invés de governar, impõem condições
E nos obrigam a engolir.


Pobres criancinhas,
Como numa fabriqueta,
Seguem na fila da opressão.
Este ou aquele terá futuro,
Pobre nação que desaloja neurônios vazios.
Sinto que:
A luta, cidadania, condição de vida
Hoje, ainda é em vão.

Mas com mais um ‘Sete de Setembro’
A máscara ainda será bem vinda.
Vamos quem puder:
SALVAR O BRASIL!


Paola Vannucci
05/09/2009

Comentários

Bom dia amiga! Ótimo texto. Gosto de suas críticas. Bom que muito lessem. A nossa Pátria precisa de mudanças rápidas. Vamos cada fazer a nossa parte. Beijos!
Anônimo disse…
Paola, minha admiração por vc é profunda, eterna e indelével.Parabéns, teu blog é a exata tradução de exacerbada cultura e de extremo bom gosto. beijos minha amiga.
Carmen Amorim
Wellington Rex disse…
Como poucos, você sabe transformar uma crítica acerba em poesia. Não é por menos que sua legião de fãs só faz aumentar.
Wellington Rex
Angel Cabeza disse…
Paola, seu poema me lembrou o caso da cantora Vanusa. Muitos riram do triste acontecido. Mas o mais triste não é o erro da letra, é o erro do próprio Brasil.

Obrigado pelas palavras em meu blog.

Beijos!
Andrea disse…
PERFEITO!!!!!!!!!!!! Vc conseguiu transformar em poema uma enorme ferida da alma brasileira..............
Samir Raoni disse…
A PÁTRIA NÃO CONHECE TODOS OS QUINTAIS

O Brasil é patriótico em uma ótica de quem tudo esgota...
gota de lagrima, dos olhos da bandeira verde, amarela, azul, branca
e as vezes tenho leve sensação de vermelha... ela que tem o azul do céu, das estrelas cadentes, carentes de sonhos e pilares que sustentem os lares onde dormem essas crianças, dormem esses hinos, dormem o futuro,
meio nu, meio podado mesmo antes de ter crescido,
ramificado suas cordas da maturidade,
idade média, incerta, esperta.
Elas não sabem o hino nacional,
a pátria não conhece todos os quintais,
e as sementes estão crescendo no sete de setembro,
nas avenidas que a própria pátria esqueceu...

Samir Raoni, inspirado no no post 'Pátria' de Paola Vannucci
09 de setembro, Belém
L. Rafael Nolli disse…
Indagações muito pertinentes levantados por ti nesse poema, Paola! Muito bom!
Patty (PPM) disse…
Adorei o post! Muito lindo como sempre amiga!
Apareça lá no VENTURAS...
Saudades!
Bjo
Unknown disse…
Adoreiiiiiiiii!!
Parabéns, bjs.
Para mudar as coisas é preciso coragem e caráter impoluto!

Beijos, querida!
Harold disse…
Paola!
Nasci no dia sete. Gosto do dia em que nasci. Sou grato a Deus por isso. Mesmo que a pátria brasileira seja, às vezes, uma madastra, não deixo de ver valor na independência.
Notei que todo ano você escreve poema criticando e questionando a independência do país. Não posso lhe criticar por isso. Porém lhe proponho escrever um texto onde você mostre que, apesar das injustças e dificuldades nacionais, você expresse seu amor por este país chamado Brasil.
Há conteúdo nele. Mas não consigo me colocar ao seu lado na intenção do escrito.
Lhe desejo alegria e dignidade sempre.
Vinicius disse…
Nem sei que dizer, amiga, sobre a "Pátria". Uma ideologia que nasceu no século XVIII, a do nacionalismo. Não sei se imagina a multitude de sentimentos que um anarquista tem ao pensar em instituições como pátria, patrão, Estado, trabalho dentro do sistema capitalista, dentre outras... Conferi seu poema e internalizei sua reflexão. Para não desaguar eu emudeço, até porque não sei transliterar muito bem sentimentos em discurso. Abraços!

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