Cidade
Antes suspirávamos na arte do amor,
nos escondendo numa armadilha sem fim.
Hoje quanto mais se cava, mais vidas são ceifadas.
Construímos nossos ideais para um nada comum.
Cidade furada para dar vazão a mentes fúnebres,
Cidade cheia de mentecaptos
que assolam plantações
tornando seus solos inférteis
Oh! Cidade que chora com as chuvas,
parecendo
rios caudalosos arrastando pessoas e carros.
Sábias vovós que morrem aos poucos
com segredos em seus corações.
Cidades vazias, onde
pequenos grupos discutem seu futuro.
Grande cidade que freqüenta meus sonhos.
Que na manhã primaveril,
Pensarei ainda em trilhar pelos sinuosos caminhos febris,
mesmo tendo
habitantes sedentos da ganância...
que ainda machuca minha cidade,
a empobrecendo dia após dia.
Em suma,
Toda cidade têm
Burros,
Cachorros,
Galinhas,
Gatos e
Porcos com seus luxuosos chiqueiros.
Paola Vannucci
21/04/2010
Comentários
Sempre perspicaz a tua análise com sabor a poesia.
Um beijo
Daniel
Oi Paola
Conversei com você ontem, no Café Literário, na Bienal. Seus escritos são, na maioria, bem críticos. Vou le-los aos poucos e tecer comentários na medida do possível.
Se quiser aparecer em meu blog, fique à vontade :)
Bjo