Sobre BirdMan


Sobre a nau que o guiara para Alcatraz,
Viu nas águas livres crianças brincar.
Escutou solta voz que clama a liberdade que jamais teve.
Vejo-o na sua prisão.
Da qual seu crime será um eterno castigo.
Da qual descobre o cantar de um pássaro,
Frágil e desprotegido.
A resposta Divina de como interpretar sua vã caminhada.
Para onde seguir?
'Se me tranco nesta prisão onde
Ignóbeis pensam que fazem algo de concreto'.
'Aquele primeiro pássaro, fez-me dar
o primeiro passo'.
'Já o segundo, fez-me refletir o quão nada sou, sem esta prisão'.
Visão dos meus sentidos.
Prisão e aparente vã liberdade,
Naquela volta do pássaro.
Na volta ao ninho,
A volta para a morte.
Sábio prisioneiro que avistara o pobre pássaro.
Sábio prisioneiro que respondia verdadeiramente para seu
Carcereiro.
Por mais volta que a vida o proporcionara sempre voltou a sua prisão.
Esta da qual seu mundo trancado somara tais soluções,
Que determinava ao escrever e sentir o cantar daquele pássaro.
Dou tom na vida branda que quero e,
Deus com sua mansidão ensinou-o aos poucos quebrar a rocha,
Da qual ainda por mais que se ame!
Ninguém.
Ninguém jamais sairá da sua prisão.
Paola Vannucci
06/09/2016

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