Leões das florestas



Vida que devo deixar para meus filhos,

Se não protestar algo.

Como irei tentar melhorar o mundo?

Sei que minhas palavras são poucas,

Falta levantar multidões,

Falta a leitura de muitos tolos,

Sei que após minha morte, muitos me lerão.

Vivo o presente,

Projetando-me até mesmo numa Bienal,

Lanço-me no mundo adorando meu trabalho,

Leio para os tais,

Leio em meio à escuridão.

Sei que ainda nesta vida,

Meu nome será mencionado.

Vida tristemente sentida,

Sofro, porque ainda luto em vão.

Sofro porque pabolas existem,

Meu coração chora,

Sofro pela fome deste mundo,

Ganância de políticos.

Vida que serviria para amar um grande amor,

Pertence para quem tem peixeira nas mãos.

E que

Vençam os leões das grandes florestas.

Que ainda lutam por dignidade.

Paola Vannucci

06/10/2010

Comentários

Wellington Rex disse…
Walt Whitman iria gostar de ver como o seu trabalho se perpetua na pena desta poetisa. Parabéns!
Daniel Augusto disse…
Muito bom sua poesia, vejo que nela retrata o problema da falata de nos conhecer como artistas e ao mesmo tempo passa pro lado critico da sociedade. Parabéns!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Andrea disse…
Super pertinentes palavras... cada vez admiro mais...
Déia disse…
Adorei seu blog poesia,forte vejo que nelas retrata o problema...Amei mesmo so não consigo achar o lugar p/ seguir vc .Pq gostei muito do teu blog parabéns...Bjus
Talvez seu poema mais confessional até o momento, em que as palavras flutuam na cadência inquieta do coração. Parabéns!!
Ribeiro Halves disse…
Eis o canto !!! Palavras que são pólens... sementes lançadas, aqui e alí, a fecundar o solo nosso tão pobre.
Nós cantaremos; cantando !!!
Dídimo Gusmão disse…
Cara amiga, Paola...

Fiquei muito feliz em receber um comentário seu em meu blog.
Muito obrigado mesmo.
Suas poesias são maravilhosas, cheias de emoções e surpresas.
Está de parabéns!

Mande um contato seu seja e-mail ou msn para que possamos ter mais contatos.
Um grande abraço e um enorme beijo no coração.

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