Falha Humana
A morte mora ao lado,
Lado de dentro da ‘Boate’,
Morte assombra e varre centenas num
piscar de olhos,
E o show de pirotecnia, exalta as
falhas humanas.
Primeira falha: Baile universitário a
ser comemorado por ‘maiores’;
Havia muitos ‘menores’.
Segunda falha: Sistema de segurança
comparado aos bárbaros da antiguidade,
Trancam-se as portas para receberem
míseros trocados.
Quem vai enriquecer diante de centenas
de mortos?
Quem se diverte, com mais uma
tragédia?
Terceira falha: A mesma porta que
entra, sai.
A mente humana é falha.
Errar várias vezes é
irresponsabilidade.
Retroceder nas tragédias só me faz
pensar,
Que a lição não foi aprendida.
Hoje, amanhã, mais algum dia, outras
mortes contabilizarão.
De quem é a culpa?
Autoridades? Dono do estabelecimento?
Seguradora?
Seguranças?
Pobres trabalhadores estão sendo
massacrados por ordens recebidas.
A culpa é da ‘FALHA HUMANA’
Onde muitos trocam os dias pelas
noites,
Ficam atordoados durante o dia,
Mas vivem nas festividades noturnas.
Dormem nas manhãs, rendem pouco no
trabalho,
E ganham fama nas madrugadas.
Quem trabalha falha.
Quem dança paga para ver o fogo
acontecer.
Quem chora são os familiares que
estavam em suas casas.
Quem lamenta mais uma vez é o ‘Mundo’
Que ao invés de se preocupar com a ‘Fome’
e a ‘Miséria’
Transfere sua dor para esses poucos néscios,
Que insiste em falharem.
Paola Vannucci
27/01/2013
Comentários
Obrigado,
Valmon.