Aniversário da Cidade!
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Mais velha! Tem pastel aqui, senhora!
Anunciam os feirantes que
Brindam o dia
Suado, ganha quem grita, perde quem
fala pouco.
Saudades daquelas feiras...
Dos sons frenéticos do metrô,
Ah! Quanta lembrança ao descobrir
ainda pequena
Que podia chegar ‘na’ Santa Cecília
sem nenhuma restrição.
Agora de hora em hora tem-se Tour pelo
metrô,
Vejo São Paulo ainda como descoberta,
De história inacabada às histórias
intocadas,
Ouço parte da História do Brasil,
Jamais revelada.
Cidade dos sonhos, do desejo,
Um toque sincero.
Desespero de quem chega e pergunta:
-
Por onde andarei? Sei que meu objetivo é trabalho.
-
São Paulo é trabalho.
Pela manhã,
O vento varria mágoas impregnadas em
meu corpo,
Pairavam no infinito acinzentado,
Mesclando nos finos traços azulados,
Formando poesia.
Era como se o vento filtrasse meu
sangue.
Pela tarde, descobria a chuva.
Limpando as impurezas da cidade,
Aterrorizando a volta do cidadão, e.
Sem que eu perceba;
Ao anoitecer, deparava com a tormenta,
Bares, restaurante, freguesia exausta,
Desprendendo-se do dia árduo,
São Paulo que jamais me esqueceu,
Da Casa das Rosas e das suas
pizzarias,
Da rua que me acolheu,
Que fosse talvez um ‘Gavião
alimentando-se do Brigadeiro Peixoto’.
E mais um dia nasce com aquele
feirante da Ceasa, anunciando:
-
Minha senhora, meu senhor...
-
Hoje tem saudade na Maloca!
Paola Vannucci
25/01/2013
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