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Mostrando postagens de outubro, 2010

Cantar uma Poesia

Seria fácil se eu fosse Pessoa É fácil porque conduzo meus escritos Para quem queria ler. O mundo está pobre de cultura, Cantar pra quem? Vida pede trabalho, Miséria de salário Nada de comida Alguém a escutar meu pranto? Se, seus ouvidos não me alcançam? Canto poesia ainda por estar no meu sangue, Mas, de vida labuta, Jamais desistirei de plantar meus versos, Creio que chegará hora das criancinhas Cantarem Versejar Palavras, Vírgulas, Pontos, Reticências... Antes de o meu repousar, espero Para assistir tudo isto Sem que o mundo ainda Em desenvolvimento Não exploda com tantos aquecimentos. Paola Vannucci 30/10/2010

Bienal do Livro de Curitiba

Nos primeiros dez dias do mês de outubro deste ano aconteceu a 1ª Bienal do Livro do Paraná. Um local de grande estímulo para a formação de novos leitores e a realização pessoal de quem já está inteirado com o mundo das palavras. Um evento magnífico onde se encontraram ilustres escritores, poetas e demais profissionais do livro, os quais tive oportunidade de conhecer, trocar idéias, sonhos. Pude vivenciar em dois dias, contatos e conhecimentos importantíssimos. Falar de cultura, investigar a literatura faz parte do nosso engrandecimento. Segundo a imprensa, divulgadora do evento, estimou-se um público perto dos 200 mil visitantes, todavia não pude constatar isto; nos dois dias que estive lá notei certo vazio - dava até pra fazer piruetas entre os corredores - andei livremente e procurava algo de interessante para fotografar. A imprensa relatou a presença de escolas chegando afirmar a freqüência de 30 mil alunos. Cabe aqui ressaltar que o espaço é ínfimo; não caberia nem 10 mil pes...

Leões das florestas

Vida que devo deixar para meus filhos, Se não protestar algo. Como irei tentar melhorar o mundo? Sei que minhas palavras são poucas, Falta levantar multidões, Falta a leitura de muitos tolos, Sei que após minha morte, muitos me lerão. Vivo o presente, Projetando-me até mesmo numa Bienal, Lanço-me no mundo adorando meu trabalho, Leio para os tais, Leio em meio à escuridão. Sei que ainda nesta vida, Meu nome será mencionado. Vida tristemente sentida, Sofro, porque ainda luto em vão. Sofro porque pabolas existem, Meu coração chora, Sofro pela fome deste mundo, Ganância de políticos. Vida que serviria para amar um grande amor, Pertence para quem tem peixeira nas mãos. E que Vençam os leões das grandes florestas. Que ainda lutam por dignidade. Paola Vannucci 06/10/2010