A Santa

Ambos tinham 12 anos, quando saíram de casa.
Ambos gastaram até o que não tinham, mas tinham de retornar.
- E agora? – perguntou ela para seu velho amigo.
- Está vendo aquela imagem ali?
- Qual?
- Aquela da Santa com as mãos estendidas. Tem um monte de moedinhas...
- Ah! È pecado. Você não ta pensando...
- Estou...
- Mas é pecado , eu repito.
- Claro que não! Nós temos de voltar pra casa, e a Santa não vai ligar. A Santa vai nos ajudar. Correto?
- Mas essas moedas são ofertas para a Santa, não é correto tirar dele.
- Mas agora precisamos voltar para casa...
- Mas é pecado prefiro voltar a pé.
- Olha vou explicar um negócio: A Santa vive querendo nos ajudar, certo? Então a gente pede ajuda a ela e ela nos dá o dinheiro para voltarmos as nossas casas!
- Você deve estar brincando?
- Não é muito simples, o dinheiro que precisamos, será apenas para as passagens do ônibus. E de quebra ela nos dá um sorvetinho. Que você acha?
- Olha vai começar a chover...
- Olha, mais um motivo para pegar o dinheiro e sairmos correndo daqui. A Santa é boa, ela não vai brigar com a gente, e sim nossas mães que devem estar nos esperando com um pau de macarrão cada uma.
- Ok! Você me convenceu, mas apenas as passagens de volta.
- Mas já que ela nos ajudou, quero um sorvetinho.


Já dentro do ônibus, a menina perguntou se o garoto não era Católico. Ele disse que não. Que era Mórmon.



PAOLA VANNUCCI

Comentários

Papoila disse…
Minha Querida:
Mais tarde cada um desses meninos vão pagar à Santa que é boa o dinheiro que lhe pediram emprestado... A Santa é boa!
Que ternura de história...
Beijo
Anônimo disse…
Obrigada Paola, pela visita e pelo coment. Tambem gostei muito de teus escritos.
Vou colocar um link pra ti na minha pagina se permitires pra que possamos manter contato sempre!

Tem uma bela semana!

beijos
Ivan Daniel disse…
O certo e o errado é uma questão moral, está em nosso interior, independente de nossas crenças.
Boa semana pra você!
Anônimo disse…
Duas crianças, dois conceitos diferenciados pela doutrina de cada um, e cada um agindo dentro de sua inocência de vida. O certo e o errado... cada um o leva dentro de si! Como os adultos o fazem também!

Viu meu recado lá no Joãozinho? Ah, sabe que vou comprei o livro dele? E que vou ganhar uma dedicatória linda? Será que nessa eu cheguei primeiro que você???

Beijos, sorrisos, flores, afagos, ternura... tudo de bom, de mim para ti, meu anjo, com tudo de mais bonitinho para as pequerruchas lindas do meu coração.
Anônimo disse…
Paola, percebo como és versátil na escrita.. suas poesias, poemas, estórias, contos... são calorosos e intensos, fico feliz por vc existir e contribuir conosco com a sua riqueza interior... obrigada por ser minha amiga, mesmo q virtual, mas diante das suas escritas se faz super presente no meu dia-a-dia.
Parabéns!
bjs..bjs..bjs.
Fabiana Borges disse…
coloquei em dia o q perdi d vc por aqui :)
não gosta mais do meu blog? :(
tô sumida do efluvios...pq justamente na semana tô sem pc agora.....trabalhando no interior.
bjos....aparece!
Anônimo disse…
Querida amiga virtual, gostei do conto e concordo com a personagem: não há pecado nenhum nisso: e o santo não há de se importar! Rs* Abraços!
Anônimo disse…
Oi! :)
Tudo bem?
Parabéns pelo seu blog!
Tem um conteúdo ótimo!
Beijos.
Anônimo disse…
Raciocínio simplista de espertinhos de grande futuro..
Isa disse…
Adorei o teu conteude de hoje assim como todos que vou lendo no teu blog, Adorava colocar np meu blog uns poemas teus,Pediste o meu endereço de mail e aqui vou deixar.
Por favor depois apanha ok?
Lebasil@sapo.pt
Fico esperando ansiosa o teu poema, Sabes que tibeu é femenino?
Anônimo disse…
Oi querida paolinha a minha amiga que manda 100 scraps por dia no Orkut..rssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
Adorei seu texto, vc tem uma criatividade e imaginação que poucos escritores tem...Vc é talentosa!!!
Bjinhusssssssssss te adoro
Mocho Falante disse…
olá olá...já tive no Aloha e agora venho aqui dar uma bela beijoca, volto mais tarde para ler com mais atenção.

beijocas
Anônimo disse…
Pecado?
O Pecado fomos nós que inventamos... Com nossas idéias contraditórias! Com nossas morais diferenciadas, que se tornam falsas morais.

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